Carcinoma hepato cellular: natural history and survival in sample hospital in Rio de Janeiro

O presente trabalho procura descrever o perfil epidemiol??gico e a sobrevida de 1 e 5 anos em uma coorte de pacientes com carcinoma hepatocelular acompanhados no Instituto Nacional do C??ncer (INCA), localizado no munic??pio do Rio de Janeiro. Foi realizado um estudo retrospectivo de 115 pacientes, matriculados no INCA-RJ no per??odo de 1990 ?? 2000. Utilizou-se o m??todo de Kaplan Meier e de Regress??o de Cox para a an??lise e constru????o das curvas de sobrevida. O perfil da coorte estudada foi de pacientes sintom??ticos (94 por cento) em est??gio avan??ado de doen??a (41,3 por cento estadiamento IV), com m??dia de idade de 53,6 anos, sem varia????o entre os sexos. A raz??o M/F encontrada foi de 1,3:1.A sobrevida de 1 ano foi de 30,5 por cento, com mediana de 4,6 meses. Pela an??lise univariada, os pacientes com melhor sobrevida foram aqueles submetidos a algum tratamento, com menos de 55 anos, com 1-3 n??dulos menores que 10 cm e com n??vel de alfafetoprote??na menor ou igual a 500 ng/ml, os quais apresentaram sobrevida de 1 ano de 44,9 por cento, 36,7 por cento, 46,5 por cento e 44,3 por cento, respectivamente. Apenas 3,4 por cento dos pacientes sobreviveram al??m de 5 anos. Na an??lise multivariada, foram constru??dos dois modelos: no primeiro observou-se uma Hazard Ratio (HR) de 3,92 (IC 95 por cento 1,79-8,61) para os pacientes com n??dulos m??ltiplos, controlando as vari??veis idade, cirrose e tratamento. No segundo modelo, a HR para os pacientes com n??vel s??rico de alfafetoprote??na > 500 ng/ml, foi de 2,02 (IC 95 por cento 1,17-3,49), controlando o efeito do tratamento. A m??dia de idade observada tende a se aproximar dos valores descritos em regi??es com alta incid??ncia para o carcinoma hepatocelular, contudo a raz??o M/F foi inferior ao registrado em ??reas com baixa incid??ncia. Os pacientes submetidos a alguma interven????o terap??utica apresentaram melhor sobrevida em rela????o aos n??o tratados. Pacientes com alfafetoprote??na elevada ou com n??dulos m??ltiplos apresentaram pior progn??stic