Investiga????o urol??gica e conduta em crian??as portadoras de mielomeningocele no primeiro ano de vida

Crian??as nascidas com mielomeningocele apresentam como sequela, um dist??rbio neuromuscular vesical denominado bexiga neurog??nica, o qual pode evoluir com dilata????o do trato urin??rio superior e perda da sua fun????o, devido ao desenvolvimento de press??es intra-vesicais muito altas. A necessidade de se investigar essas crian??as do ponto de vista urol??gico e trat??-las quando ocorre altera????o do trato urin??rio superior, j?? et?? bem estabelecida. Discute-se a melhor ??poca para se iniciar esta avalia????o e introduzir o tratamento, de acordo com o padr??o urodin??mico, se precocemente, nos primeiros meses de vida, ou apenas quando ocorre dilata????o do trato urin??rio superior e/ou estabelecer-se o refluxo vesico-ureteral. Foram avaliadas trinta crian??as nascidas com mielomeningocele, as quais foram inclu??das em um protocolo de investiga????o diagn??stica no primeiro ano de vida, sendo estabelecida a conduta adequada com base no exame urodin??mico. Os resultados da avalia????o mostraram que as crian??as investigadas numa idade precoce, em geral, s??o assintom??ticas, t??m fun????o renal normal, n??o apresentam anemia importante, e a urocultura na maioria dos casos ?? negativa. Na avalia????o por imagem, concluimos que a ultrassonografia de rins e vias urin??rias isoladamente, pode n??o detectar altera????es compat??veis com bexiga neurog??nica. A urodin??mica mostrou-se essencial para o diagn??stico da disfun????o vesical neurog??nica, desde o per??odo neonatal, em pacientes que podiam n??o apresentar altera????o cl??nica, laboratorial ou radiol??gica. Os pacientes com press??o intra-vesical maior ou igual ?? 40cmH2O, como ocorre na hiperreflexia do detrusor associada ou n??o ?? dissinergia detrusor-esfincteriana, foram considerados de risco para deteriora????o do trato urin??rio superior, e tratados com medica????o anticolin??rgica e procedimento de esvaziamento vesical quando necess??rio. Aurodinamicos feitos com intervalo de seis meses, dependendo do per??odo de acompanhamento no Ambulat??rio de Urodin??mica. Observamos melhora na estabiliza????o do padr??o urodin??mico com a institui????o do tratamento nos casos com exame inicial alterado, sendo que n??o ocorreu dilata????o do trato urin??rio superior nos casos em que a urodin??mica se tornou alterada e a terap??utica foi prontamente iniciada