Amniorrexe prematuro do pré-termo: fatores associados aos desfechos sepse neonatal precoce e displasia broncopulmonar

Analisar os fatores clínico-obstétricos e neonatais associados aos desfechos sepse neonatal precoce e displasia broncopulmonar em pacientes com amniorrexe prematura, cujos partos ocorreram antes de ou com 34 semanas de idade gestacional. Material e método: Através de investigação observacional tipo coorte histórica foram analisados 213 prontuários, cujas pacientes evoluíram com quadro de amniorrexe prematura do pré-termo (mais ou menos 34 semanas de gestação) e cuja assistência pré-natal e parto tenham ocorrido na Instituição em apreço, no período de janeiro de 1998 a dezembro de 2002. Resultados: A idade das pacientes variou de 13 a 44 anos, média de 24 mais ou menos 7,8 anos. A idade gestacional na qual ocorreu o evento amniorrexe prematura do pré-termo variou de 15 a 34 semanas, média de 28.52 mais ou menos 3.88 semanas. A idade gestacional no parto variou de 29.82 mais ou menos 3.19. A taxa de sepse neonatal precoce foi de 61.50 por cento e a de displasia broncopulmonar foi de 6.10 por cento. Conclusões: A ruptura prematura pré-termo das membranas ovulares representa um importante problema de saúde pública, uma vez que na maioria dos casos determina o parto prematuro e outras graves conseqüências, entre elas sepse neonatal precoce e displasia broncopulmonar. No presente estudo, a sepse neonatal precoce mostrou-se predominantemente influenciada por fatores obstétricos, estando a corioamnionite e o período de latência prolongado (mais ou menos 48 horas) entre os fatores de risco e a antibioticoprofilaxia intraparto como fator de proteção para esta doença. Por outro lado, paradoxalmente, o índice de Apgar menor que 7 no quinto minuto de vida revelou-se um fator protetor para o desenvolvimento desta patologia o que denota sua fragilidade em ajuizar a higidez fetal em prematuros. No que diz respeito à displasia broncopulmonar, observou-se que os fatores associados são de natureza neonatal, onde a ventilação mecânica duradoura e o uso de surfactante neonatal influenciaram no desenvolvimento desta doença