Diversidade sexual Na perspectiva escolar e na formação docente

O presente artigo discute questões acerca das diversidades sexuais em ambiente escolar e deseja evidenciar como os professores percebem a diversidade sexual e sua repercussão dentro e fora da sala de aula. Entretanto muitas dificuldades foram encontradas no ato da pesquisa, não obtivemos abertura positiva por parte dos profissionais da educação ao mencionarmos a homossexualidade como eixo central de pesquisa. Ao analisarmos a postura que de fato a sociedade assume, principalmente quando falamos no respeito e na valorização de pessoas com orientação sexual homoafetiva, nos deparamos com atitudes preconceituosas, intolerância e violência acentuada contra a população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais), que configura ato homofóbico e excludente dessa parcela da população. E não tem sido diferente no contexto escolar e entre o corpo docente escolar. O objetivo desse trabalho foi investigar como em determinada escola de Ensino Médio da rede pública do Distrito Federal é encarado o assunto da diversidade sexual do ponto de vista da direção, da coordenação e do corpo docente. Para esse estudo foi utilizada a pesquisa qualitativa de cunho bibliográfico, que segundo Demo (1999, p. 20) sem dicotomizar quantidade de qualidade, pretende trazer à cena da pesquisa a preocupação com a realidade inesgotável no mensurável. Voltada para uma reconstrução de ideias acerca do assunto, oportunizando informações básicas na concepção de alguns teóricos sobre o desenvolvimento da sexualidade e da diversidade sexual. Identificou-se que a temática da diversidade sexual, ainda é considerada tabu entre os profissionais da educação, assunto polêmico e pouco explorado seja por resistência, imposição de valores, crenças religiosas ou até mesmo a ausência de uma postura crítica do professor, devido à falta de domínio em termos de conhecimento. Nessa perspectiva destacamos a importância da família na construção de uma sociedade mais consciente dos valores morais, sociais e éticos. É necessário que os educadores tenham em mente que a sexualidade faz parte da vida e estimula o desenvolvimento do indivíduo, ou seja, está presente na vida de todos e não há como negá-la. Dessa forma queremos deixar claro que não estamos questionando ou classificando a homossexualidade em certo ou errado, pois não nos compete tal indagação, uma vez que em nossa sociedade nascemos livres e com livre arbítrio para traçar diferentes caminhos, portanto não devemos classificar ou diminuir os sujeitos por sua orientação sexual que é de cunho único e pessoal. A intenção desse estudo é promover a conscientização social, moral e ética quanto ao respeito às diferenças, pois a homofobia refere-se aos direitos do indivíduo exposto, e põe em questão se realmente somos livres quanto acreditamos ser e respeitados em nossas particularidades