Avaliação do aprendizado dos cuidadores de idosos com possível diagnóstico de doença de alzheimer no programa de geriatria da unidade mista de Taguatinga (dois mil e oito)

O envelhecimento da população é hoje um fenômeno mundial que implica em maior incidência de doenças crônico-degenerativas, destacando-se a Doença de Alzheimer (DA) que leva o idoso a ser dependente de um cuidador. Estes cuidadores carecem de orientações específicas para que possam realizar os cuidados no âmbito domiciliar. O objetivo geral do estudo foi avaliar os resultados das palestras desenvolvidas para os cuidadores de idosos com possível diagnóstico de Doença de Alzheimer no programa de Geriatria da Unidade Mista de Taguatinga (Policlínica) no ano de 2008. Trata-se de uma pesquisa seccional, realizada com 20 cuidadores de idosos com possível diagnóstico de DA, entre Setembro e Outubro de 2008. Avaliaram-se três aspectos: perfil sócio-demográfico; relação do cuidador e o cuidado com o idoso e a questão da educação em saúde para os cuidadores. Houve aprovação pelo Comitê de Ética da SES-DF, Parecer Nº 255/2008. Os resultados indicam que a maioria dos cuidadores era do sexo feminino, com idade entre 41 e 50 anos, casados, com o ensino médio, possuia renda entre 1 e 3 salários mínimos, tinha vinculo informal (familiar) com o idoso e era cuidador primário. Sessenta e cinco por cento dos idosos eram dependentes do cuidador no tempo de 1 a 5 anos, 45,0% dos cuidadores referiram estar preparados para realizar o cuidado, 55,0% sentem necessidade de orientações para a prestação do cuidado ao idoso, 100,0% deles afirmaram que suas dúvidas foram respondidas e não tiveram dificuldade de compreensão da linguagem usada pelos profissionais de saúde nas palestras, 95,0% dos cuidadores referiram que conseguem colocar em prática o aprendizado, 75,0% observaram uma evolução positiva no estilo de vida e de saúde do idoso. As orientações recebidas pelos cuidadores tiveram resultados positivos na aplicação dos cuidados e possivelmente trouxe a evolução no estilo de vida e de saúde do idoso, interferindo diretamente na assistência do idoso, na relação idoso/cuidador e na qualidade de vida de ambos