Redes sociais informais como estratégia de mediação: um estudo das varas de justiça do trabalho

O objetivo deste estudo foi investigar a relação entre medidas do contexto de trabalho e as características das redes sociais de amizade e comunicação nas Varas da Justiça do Trabalho. Esse estudo foi desenvolvido à luz da abordagem da psicodinâmica do trabalho que postula sobre as relações dinâmicas quem envolvem a organização do trabalho e os processos de subjetivação. Faz-se importante pensar a relação do processo de subjetivação com as redes que os trabalhadores desenvolvem, sendo que indivíduos desenvolvem redes sociais, que se configuram formal ou informalmente, permitindo a transição de conteúdos variados, interferentes na forma de organização do trabalho. Participaram deste estudo 30 servidores públicos de quatro Varas da Justiça do Trabalho. Foi aplicado o Inventário sobre Trabalho e Risco de Adoecimento (ITRA) em conjunto com questionário para a elaboração dos Mapas e consequentemente as medidas das Redes Sociais, tornando possível verificar a relação entre os dados dos dois instrumentos. Um dos achados foi a relação positiva entre o Custo Humano no Trabalho, físico, cognitivo e afetivo, com as medidas posicionais das redes e do maior impacto também no custo humano nos servidores que possuem papéis centrais nas redes. Uma das conclusões é que na medida em que os trabalhadores vão ampliando suas Redes Sociais, essa vai exigindo maior demanda para a manutenção das ligações dentro da Rede