Isolamento, identificaÃÃo, avaliaÃÃo da atividade antifÃngica in vitro e detecÃÃo de fatores de virulÃncia de Candida spp. isoladas de testudÃneos

A popularidade dos rÃpteis em cativeiro tem aumentado nos Ãltimos anos, principalmente como animais de estimaÃÃo. Diversas espÃcies de microrganismos tÃm sido isoladas desses animais, os quais podem atuar como carreadores e disseminadores de importantes patÃgenos humanos, mas pouco se conhece sobre a sua microbiota fÃngica. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi realizar o isolamento de espÃcies de Candida em amostras clÃnicas obtidas de jabutis (Chelonoidis spp.) e tartarugas marinhas (Chelonia mydas, Caretta caretta, Lepidochelys olivacea, Eretmochely imbricata), bem como avaliar a sensibilidade aos antifÃngicos de uso clÃnico e os seus fatores de virulÃncia. Para tanto, foi colhido material da cavidade oral e da cloaca de 77 animais, com auxÃlio de swabs, sendo 120 amostras de jabutis (n=60) e 34 amostras de tartarugas marinhas (n=17). O isolamento das cepas foi feito em Ãgar Sabouraud dextrose 2% com cloranfenicol e a identificaÃÃo foi realizada, posteriormente, atravÃs de mÃtodos morfolÃgicos e bioquÃmicos. A capacidade de cepas de Candida spp. secretar fosfolipases e proteases tambÃm foi testado, atravÃs da cultura em Ãgar gema de ovo e meio base para teste de protease, respectivamente. Um total de 12 cepas foi obtido de tartarugas marinhas, as quais foram identificadas como pertencentes Ãs espÃcies C. parapsilosis (n=4), C. guilliermondii (n=4), C. tropicalis (n=2), C. albicans (n=1) e C. intermedia (n=1). Quanto aos jabutis, foram isoladas 66 cepas de C. tropicalis (n=27), C. famata (n=27), C. albicans (n=7), C. guilliermondii (n=4) e C. intermedia (n=1). ApÃs a identificaÃÃo, as cepas foram submetidas ao teste de sensibilidade atravÃs do mÃtodo de microdiluiÃÃo em caldo, segundo o documento M27-A3, ante aos antifÃngicos anfotericina B, itraconazol e fluconazol. As concentraÃÃes inibitÃrias mÃnimas para anfotericina B, itraconazol e fluconazol variaram de 0,03125-0,5 μg/mL, 0,03125->16 μg/mL e 0,125->64 μg/mL, respectivamente. Ao todo, obtiveram-se 19 cepas resistentes aos derivados azÃlicos (14 cepas de C. tropicalis e 5 cepas de C. albicans). Quanto à produÃÃo de proteases, 11% das cepas secretaram estas enzimas. Por fim, somente 5% das cepas produziram fosfolipases. Desta forma, o presente estudo sugere que esses animais sÃo carreadores de Candida spp. resistentes a derivados azÃlicos e produtoras de fatores de virulÃncia, podendo atuar como fonte de infecÃÃo para humanos e outros animai