Repartindo as Ãguas do nordeste semiÃrido: uma anÃlise comparativa dos modelos de alocaÃÃo de Ãgua adotados no CearÃ, ParaÃba e Rio Grande do Norte.

As discussÃes em torno do uso da Ãgua bem como, a relaÃÃo sociedade-natureza tem se tornado um vetor de estudos nas duas Ãltimas dÃcadas que tem como objetivo aprofundar as discussÃes sobre a sustentabilidade do planeta e minimizar problemas de escassez enfrentados pelo setor produtivo e pelas populaÃÃes, colocando esta discussÃo no campo polÃtico protagonizado pelo poder pÃblico, pelos usuÃrios e pelas organizaÃÃes da sociedade civil na administraÃÃo das Ãguas nas bacias hidrogrÃficas. Discutir o uso e estabelecer arranjos institucionais que propiciem uma distribuiÃÃo mais equitativa entre os usuÃrios e planejando o uso atual e futuro evitando a escassez e ainda minimizando os conflitos decorrentes desta concorrÃncia à fim da alocaÃÃo de Ãgua. O Brasil mesmo possuindo a maior bacia hidrogrÃfica do mundo (o rio Amazonas) e ter um dos maiores potenciais hÃdricos mundiais (14% de toda Ãgua doce do mundo), tambÃm sofre com a escassez, sobretudo, no semiÃrido nordestino, que està contido na segunda regiÃo mais populosa do paÃs e possui a menor quantidade de Ãgua doce disponÃvel, escassez que à agravada pelas caracterÃsticas fÃsico-climÃticas e pelo mau uso de seus recursos hÃdricos. O trabalho aqui apresentado tem como objetivo principal desenvolver uma discussÃo da gestÃo das Ãguas no tocante a sua alocaÃÃo no semiÃrido brasileiro, tendo como foco principal os arranjos legais e institucionais desenvolvidos em trÃs Estados nordestinos: CearÃ, ParaÃba e Rio Grande do Norte e entendendo que o aparecimento desta modalidade de planejamento ambiental na regiÃo em meados dos anos 90 propiciou o desenvolvimento da gestÃo compartilhada e participativa da Ãgua