Evaluation of occupational hearing loss associated with simultaneous exposure to noise and chromium.

A saÃde do trabalhador no Brasil tomou novo rumo com uma nova visÃo, mais ampla e integral do processo saÃde-doenÃa, considerando-se as questÃes relacionadas a acidentes e doenÃas ocupacionais sobre o trabalho. Dentre as vÃrias doenÃas estÃo a Perda Auditiva Induzida pelo RuÃdo (PAIR) e os trabalhadores que sÃo continuamente expostos a compostos quÃmicos em ambientes industriais. Entre estes, figuram os chamados compostos hexavalentes e os compostos formados por cromo trivalente. O objetivo desta pesquisa foi verificar se a exposiÃÃo simultÃnea de ruÃdo e cromo potencializa o aparecimento da perda auditiva ocupacional dos trabalhadores de curtume em Teresina-PI. As caracterÃsticas da populaÃÃo em estudo, sÃo todos os trabalhadores do sexo masculino, divididos em 3 grupos, sendo: Grupo I - exposto a cromo e ruÃdo (n = 9); Grupo II - exposto a ruÃdo (n = 9); Grupo III - controle (n =10) na faixa etÃria de 38,11  5,9 , 30,83  7,4 e 27,40  7,0 anos, respectivamente. Os trabalhadores do Grupo I e II trabalham em mÃdia 9 horas diÃrias e 22,2% do grupo I apresentam problemas cardiovasculares e 16,7% do grupo II alteraÃÃo da pressÃo arterial. Em relaÃÃo ao tempo de trabalho, verifica-se um maior tempo de trabalho para os trabalhadores expostos a cromo e ruÃdo em mÃdia 13 anos, estes desenvolvem suas atividades laborais em sua maioria nos setores de curtimento, classificaÃÃo de peles e Ribeira, sÃo os que estÃo em contato permanente com o cromo (55%), enquanto que os expostos a ruÃdo (grupo II) sÃo os trabalhadores dos setores de acabamento, rebaixamento e lixadeira de couro (83,3%). Quando relacionado à funÃÃo e de acordo com a categoria profissional os que mais se expÃem a ruÃdo e cromo sÃo os auxiliares de produÃÃo, (44,5% exposto a ruÃdo e cromo e 91,5% expostos a ruÃdo). Em relaÃÃo aos EPIs somente (55,6%) de trabalhadores expostos ao cromo e ruÃdo utilizam protetor auricular do tipo plug; e nenhuma proteÃÃo para o cromo. Nos expostos somente a ruÃdo o uso de EPI à de apenas 25%. Sobre sua percepÃÃo quanto a sua prÃpria audiÃÃo, todos os grupos referem-na como boa, apenas 20% dos que responderam do grupo I referiu-se a sua audiÃÃo como ruim. No grupo exposto somente a ruÃdo 8,3% relatam otalgia, enquanto que 100% dos expostos a cromo e ruÃdo fazem esse relato, apresentando significÃncia p< 0,05. Os trabalhadores do Grupo I e II queixam-se de tonturas frequentes (44% e 25%), zumbido (22,2% e 50%) respectivamente. Quanto ao resultado do exame audiomÃtrico, 100% do Grupo Controle e os expostos a RuÃdo apresentaram Limiares Auditivos dentro dos PadrÃes de Normalidade enquanto 22,2% dos expostos a cromo e ruÃdo apresentaram perda auditiva neurossensorial. Quando avaliados os parÃmetros de cromo na urina, ocorreu um aumento significante no valor da dosagem de cromo dos trabalhadores expostos a cromo e ruÃdo p<0,001 (2,76  0,76 ) em relaÃÃo aos expostos somente a ruÃdo p