Evaluation of follow-up of women diagnosed with cervical cancer

A ideia de seguimento, na perspectiva de acompanhar de mulheres com diagnÃstico de CÃncer de Colo Uterino (CCU), identificar como estÃo sendo encaminhadas e tratadas no Sistema Ãnico de SaÃde (SUS), possibilita conhecer variÃveis, eventos e condiÃÃes que proporcionam uma avaliaÃÃo dessa Ãrea do cuidado e do sistema. à elevado o nÃmero de casos de CCU, que apesar de prevenÃveis e controlÃveis com os conhecimentos e as tecnologias existentes, apresenta taxas de morbidade e de mortalidade elevadas, sendo os aspectos associados ao acesso e à qualidade do seguimento fatores estreitamente relacionados a esse desfecho. Diante do exposto, o trabalho objetivou avaliar o seguimento de mulheres com CCU na perspectiva dos sistemas de informaÃÃo de saÃde e de mulheres que nÃo obtiveram registros de seguimento nestes sistemas. Trata-se de pesquisa documental, avaliativa e de campo, realizada em quatro etapas: listagem nominal de mulheres com diagnÃstico de CCU, residentes em Fortaleza-CE, registradas em 2008 no SISCOLO de Fortaleza; busca nominal de mulheres com diagnÃstico de CCU nas APAC-Onco, AIH e DeclaraÃÃo de Ãbito (DO); busca nominal de mulheres com diagnÃstico de CCU no prontuÃrio eletrÃnico das pacientes; e realizaÃÃo das entrevistas com mulheres nÃo identificadas na 2 e 3 etapas. As entrevistas foram realizadas por meio de visita domiciliÃria, de setembro a dezembro de 2010. Os resultados evidenciaram 80 casos de mulheres com diagnÃstico de CCU, residentes em Fortaleza-CE, em 2008. Destas, 2,6% encontravam-se abaixo de 25 anos, 61,2% na faixa de 25 a 59 anos e 36,2% apresentaram idade acima de 60 anos. O carcinoma epidermÃide invasivo acometeu 81,2% das mulheres, enquanto que o adenocarcinoma apresentou-se em 18,2% dos casos. A anÃlise nos sistemas de informaÃÃo SIA/SUS, SIH/SUS e SIM identificou procedimentos que caracterizaram seguimento de mulheres com diagnÃstico de CCU, em 50% das mulheres diagnosticadas. Da outra metade, 16,2% obtiveram seguimento identificado no prontuÃrio eletrÃnico; 33,7% nÃo apresentaram informaÃÃes de seguimento em nenhuma das fontes citadas, tendo estas sido selecionadas para entrevista. No entanto, destas, apenas 20% foram entrevistas, pois as demais nÃo ofereciam informaÃÃes suficientes para o acesso à pesquisadora. As entrevistas revelaram baixas condiÃÃes socioeconÃmicas destas mulheres. Os resultados de Papanicolaou foram entregues com cerca de um mÃs e na data agendada. Na identificaÃÃo de aspectos relacionados ao encaminhamento da paciente com CCU para outros nÃveis de referÃncia, 87,5% recebeu encaminhamento para algum tipo de instituiÃÃo com nÃvel de complexidade mais alto; quanto ao estado atual de seguimento, das mulheres entrevistadas, apesar da maioria ter realizado procedimentos que caracterizaram seguimento, ainda foi evidente a necessidade da educaÃÃo permanente para a qualificaÃÃo profissional, a fim de evitar iniquidades no atendimento à mulher acometida pelo CCU. Houve evidÃncia de subregistro no SIH. Confirmou-se a tese de que as informaÃÃes de seguimento das mulheres com CCU, em Fortaleza-CE, nÃo refletem a real magnitude de seguimento das mulheres que obtiveram diagnÃstico de CCU, uma vez que se constatou o acesso destas à realizaÃÃo dos procedimentos necessÃrios para o seguimento adequado