OS DESAFIOS DO ASSISTENTE SOCIAL NO TRABALHO COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM SITUAÇÃO DE RUA ATENDIDOS EM UMA CENTRAL DE RECEPÇÃO NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO

Esta dissertação tem por objetivo estudar os desafios de assistentes sociais que trabalham em uma Central de Recepção no município do Rio de Janeiro, voltado para o atendimento a crianças e adolescentes em situação de rua. Partimos da observação, em nosso cotidiano de trabalho, de que há um novo perfil de crianças e adolescentes em situação de rua. Ao longo dos últimos anos, temos constatado o crescente envolvimento desta população com o mundo das drogas, seja como usuários ou como parte do tráfico de drogas. Verificamos que este envolvimento, com freqüência, os leva à expulsão da comunidade onde residem. Destacamos ainda, como fenômenos atuais, o advento do uso do crack e a presença de um número maior de meninas em situação de rua. Como metodologia, utilizamos uma abordagem qualitativa, ilustrando nossa discussão com entrevistas realizadas com assistentes sociais e a diretora do Central de Recepção. Os resultados foram agrupados em quatro categorias, que são: (1) Visões das assistentes sociais sobre as políticas públicas e serviços oferecidos; (2) Questão da abordagem; (3) Falta de retaguarda e (4) Precariedade de infraestrutura no atendimento a este grupo; (4) O mundo das drogas: a grande incógnita?This dissertation aims to study the challenges of Social Service Agents who work in a Reception Center in the municipality of Rio de Janeiro. This Center is responsible for the reception and the referral of children and youth who were caught on the streets on their own. Based on our own experience, we start with the assumption that there is a new profile of children in the situation of the streets. In the last few years, we have observed that many of them have developed a growing involvement with the world of drugs, both as consumers and as participants of the drug trade. Many of them end up being forced out of their homes. In Addition, we would like to highlight two other aspects: the increasing presence of girls among the street population and the growing use of Crack by this group. Regarding the methodology, we used a qualitative approach and illustrated our discussion with interviews conducted with social workers and the director of the Reception Center. The results were grouped in 5 categories: (1) The social workers views about public policies and social services ; (2) Outreach work on the streets; (3) Lack of support; (4) Precariousness of infrastructure in services aimed at this group; (5) The world of drugs: the big enigma