Estigma, loucura e manicômio: Uma análise crítica por meio de uma narrativa autobiográfica

O presente trabalho abordará o impacto do estigma associado à loucura, os seus efeitos relacionados à internação, institucionalização, periculosidade, discutindo aspectos sobre a razão, a desrazão, a atribuição da loucura como doença mental e a retirada da liberdade e da autonomia, analisando as maneiras de como a loucura se constituiu e se transformou durante a história. Com o objetivo de discutir as estratégias de saúde atuais e ressaltar os novos modelos integradores e humanitários, a abordagem desses temas foi feita através de análise de um relato autobiográfico de um sujeito que se encontrou em momentos de sua vida internado involuntariamente, em condições de segregação e exclusão. Através deste procurou refletir sobre como a psicologia pode contribuir para avanços da reforma psiquiátrica, na desconstrução do estigma, do olhar incapacitante, na qualificação da atenção e do cuidado aos loucos, nas novas medidas de internamento e na atuação do profissional de psicologia em meio às políticas públicas sobre a drogadição