Parto na água: novos caminhos para a humanização. na percepção dos profissionais envolvidos na assistência ao parto

O parto na água foi introduzido no final década de 80, como um conceito novo do nascimento que consiste na gerência cuidadosa da monitorização e do nascimento no uso restritivo de métodos invasivos e na escolha livre de métodos diferentes do nascimento. Este trabalho tem como objetivo conhecer a opinião de um grupo de profissionais médicos e enfermeiros obstetras sobre a alternativa do parto na água, assim como determinar e a incidência e os fatores intervenientes dessa prática em Hospitais privados de Brasília DF. Para atingir os objetivos propostos foi realizada uma pesquisa de campo, com caráter exploratório.Essa pesquisa envolveu a participação de 12 obstetras que trabalham ou atendem nesses hospitais, no período de Março à Abril de 2007. O recurso metodológico envolve uma abordagem quanti-qualitativa, permitindo uma aproximação e descrição da situação analisada. O presente estudo traz as indicações e complicações do parto na água do ponto de vista dos obstetras entrevistados, bem como a freqüência e utilização desta prática.Foi constatada a predominância dos médicos no atendimento ao parto e uma baixa freqüência de algumas práticas que devem ser encorajadas como o uso de alternativas durante o processo natural como a deambulação, bolas, cadeiras e o uso de água.Uma alta freqüência de práticas danosas também pode ser verificada como o uso de analgesia, orientação para puxos, episiotomia, indução, manejo do puérpero de imediato entre outros; usados na maioria das vezes como rotina.Conclui-se que essas instituições não oferecem suporte digno para concretização desta prática, embora a grande maioria dos obstetras demonstre disponibilidade a realizá-la se a instituição lhes oferecer os recursos necessários