Essential oils: action in the control of Colletotrichum gloeosporioides and Colletotrichum musae, associated or not to cassava starch coating in the control of the anthracnose in guava

O presente trabalho foi realizado com o objetivo geral de avaliar o potencial de óleos essenciais no controle de Colletotrichum gloeosporioides e Colletotrichum musae e associados ou não à película de fécula de mandioca no controle da antracnose em goiaba (Psidium guajava L.). Na fase de vapor, os compostos voláteis dos óleos essenciais de Cinnamomum sp., Cordia verbenacea, Eugenia caryophyllata, Ocimum selloi, Origanum vulgare, Pimpinella anisum e Thymus vulgaris demonstraram ação fungitóxica, inibindo totalmente o crescimento micelial de C. gloeosporioides e C. musae, este também inibido por Cymbopogon citratus, Cymbopogon martinii, Laurus nobilis, Lavandula officinalis, Mentha arvensis e Ocimum basilicum, in vitro. Na fase de contato, os compostos fixos e voláteis de O. basilicum, P. anisum, M. arvensis, Matricaria recutita, C. verbenacea, L. nobilis, O. vulgare, C. martinii, E. caryophyllata, T. vulgaris, C. citratus e Cinnamomum sp. inibiram totalmente a germinação de conídios dos patógenos. A germinação de C. musae foi também inibida por O. selloi, Melaleuca alternifolia, Citrus sinensis, L. officinalis e Zingiber officinale, P. anisum, M. arvensis e C. citratus. Observou-se apenas inibição total na formação de apressórios de C. musae pelo óleo essencial de Chamaecyparis plumosa. Por meio de cromatografia gasosa e espectrometria de massa, foram identificados 70 compostos em 25 óleos essenciais. As frações antifúngicas ativas sobre os patógenos foram determinadas em cromatografia de camada delgada (bioautografia). A película à base de fécula de mandioca a 2,0%, associada ou não aos óleos essenciais de Cinnamomum sp., E. caryophyllata, C. martinii, C. citratus e T. vulgaris, se apresentou como uma barreira ao desenvolvimento do patógeno latente ou inoculado, não permitindo o desenvolvimento de lesões típicas de antracnose nas goiabas, proporcionando o aumento da vida útil de prateleira. Por meio de microscopia eletrônica de varredura (MEV), observou-se que os apressórios (estruturas de pré-penetração) foram fundamentais para o estabelecimento da infecção; que a película à base de fécula de mandioca a 2,0% estimulou a formação de apressórios por C. gloeosporioides, entretanto, limitou a colonização dos tecidos dos frutos de goiabeira e a reprodução do patógeno e que o óleo essencial de T. vulgaris na fase de vapor promoveu o intenso colapso das hifas do patógeno. Por meio de microscopia eletrônica de transmissão (MET), constatou-se que os óleos essenciais de Cinnamomum sp., C. citratus, E. caryophyllata, C. martinii e T. vulgaris apresentaram ação fungitóxica direta sobre C. gloeosporioides, causando severos danos à ultraestrutura celular dos conídios