Ascorbil palmitate and alpha-tocopherol supplementation on the development and stress response of dourado larvae (Salminus brasiliensis).

Com o objetivo de avaliar o efeito das vitaminas E e C durante o estresse e o desenvolvimento de larvas de dourado (Salminus brasiliensis), foram realizados dois experimentos, em um delineamento experimental inteiramente casualizado com parcelas subdivididas. Nas parcelas, um arranjo fatorial (2x3) foi constituído por 6 rações experimentais, com a combinação entre duas concentrações de tocoferol acetato (0 e 250 mg kg-1 de ração) e três concentrações de ascorbil palmitato (0, 100 e 1.000 mg kg-1 de ração). Nas subparcelas, foram analisados dois diferentes períodos de coleta. O primeiro experimento foi realizado nos primeiros 17 dias de vida das larvas de dourado, que foram alimentadas com as rações experimentais, do 3o ao 17o dia, num total de 15 dias. Coletaram-se amostras em dois diferentes períodos: larvas com 5 e com 15 dias de alimentação. Avaliaram-se os parâmetros: comprimento total, peso, altura da cabeça e as diferentes formas de vitamina C corporal, sendo o ascorbil palmitato (AP), ácido ascórbico (AA), ácido dehidroascórbico (AD), vitamina C reduzida (VR) e vitamina C total (TT). A VR foi composta pela soma das concentrações do AP com o AA e a TT pela soma do AD com a VR. A suplementação do ascorbil palmitato na dieta foi eficiente em aumentar as concentrações de AA e AD corporal nos primeiros 5 dias de alimentação (P<0,05). Houve uma resposta mais sensível das concentrações de AA, tendo as médias observadas de AA corporal nas larvas suplementadas com 100 e 1.000 mg kg-1 de AP sido superiores às observadas nas larvas suplementadas com 0 mg kg-1. Também obteve-se resposta menos sensível das concentrações de AD, em que apenas as médias de AD corporal observadas nas larvas suplementadas com 1.000 mg kg-1 de AP foram superiores aos demais tratamentos. Para caracterizar o efeito das três suplementações de AP nas concentrações de AP corporal, foi necessário um período mais prolongado de alimentação (15 dias). Durante o desenvolvimento, o tocoferol acetato aumentou as concentrações de AD corporal nas larvas de dourado e evitou a oxidação das VR corporal, gerando um aumento significativo (P<0,05) nas concentrações de TT. No quinto dia de alimentação, não foi observada diferença significativa no comprimento total e no peso das larvas, no entanto, após 15 dias de alimentação, as larvas dos tratamentos contendo as suplementações de 100 e 1.000 mg kg-1 de AP foram superiores (P<0,05) ao tratamento com 0 mg kg-1. A altura da cabeça apresentou diferença significativa (P<0,05) no quinto dia de alimentação. Foram observadas, nas larvas suplementadas com 1.000 mg kg-1 de AP, médias superiores às das larvas alimentadas com 100 mg kg-1. No 15ª dia de alimentação, pôde-se observar uma diferença significativa entre todos os tratamentos, tendo a altura da cabeça aumentado conforme as concentrações crescentes de suplementações do AP na ração. O segundo experimento seguiu a metodologia experimental do primeiro, no entanto, avaliou o efeito das vitaminas C e E no estresse. No 17ª dia, as larvas foram submetidas a um teste de estresse definido por duas exposições ao ar de 3 minutos cada, intercaladas com duas submersões na água de, respectivamente, 5 e 30 minutos. Em dois diferentes períodos: antes e após o teste de estresse, foram analisados o cortisol corporal e as diferentes formas de vitamina C corporal, assim como as formas avaliadas no primeiro experimento. Não houve diferença significativa nas concentrações de VR durante o estresse, no entanto, foi observada diferença significativa (P<0,05) nas concentrações de AP e AA corporais. O metabolismo das larvas de dourado disponibilizou o AP corporal em AA e AD, sendo caracterizada (P<0,05) a influência do tocoferol acetato nesse processo. As larvas dos tratamentos contendo maior suplementação de tocoferol acetato do que as suplementações de AP converteram o AP em AA, enquanto que, nos tratamentos contendo as suplementações maiores de AP do que a suplementação do tocoferol acetato, o AP foi convertido em AD. O tocoferol acetato aumentou (P<0,05) a concentração de VR corporal nas larvas não suplementadas com AP. As médias gerais de cortisol corporal apresentaram diferença significativa (P