Ractopamina para suínos : efeitos no desempenho, qualidade de carcaça e carne, parâmetros sanguíneos e comportamento

Foi realizado um experimento onde se avaliou diferentes inclusões do agonista beta-adrenérgico ractopamina nas rações de suínos em terminação durante 21 dias antes do abate. Utilizou-se 36 suínos (Landrace X Large White) sendo 18 machos castrados e 18 fêmeas com peso médio inicial de 87 kg, permanecendo dois animais de mesmo gênero por baia totalizando 18 baias, onde receberam água e ração ad libitum. Os tratamentos experimentais foram: T1 – controle, com ração isenta de ractopamina; T2 – ração com 10 ppm de ractopamina; T3 – ração com 20 ppm de ractopamina. Os custos de cada tratamento foram avaliados para observar a viabilidade dos mesmos. Os animais foram abatidos com peso médio de 110 kg. Semanalmente foram avaliados o desempenho e o comportamento dos animais. Na sangria, foram coletadas amostras de sangue para avaliação das concentrações séricas de uréia e lactato e realização de gasometria. Após o abate, as características de carcaça foram avaliadas. Foram coletadas amostras do músculo Longissimus dorsi para a análise da qualidade da carne, perfil de ácidos graxos e medidas dos diâmetros das fibras musculares. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, num modelo fatorial 3 x 2 (3 níveis de ractopamina e 2 gêneros), onde para avaliação do desempenho a unidade experimental foi a baia (6 repetições por tratamento) e para as demais avaliações a unidade experimental foi o animal (12 repetições por tratamento). Verificou-se efeito quadrático para o consumo diário de ração e rendimento de carcaça, efeito linear para o ganho diário de peso, conversão alimentar, valores de a*, saturação (c*), tonalidade (h*), marmoreio, diâmetro das fibras musculares e para as concentrações séricas de uréia e lactato. As análises de custo apontaram uma melhor relação para o tratamento com 10 ppm. A ractopamina pode ser utilizada nas rações de suínos até 20 ppm havendo melhorias crescentes no desempenho zootécnico dos animais sem causar alterações na qualidade da carne e no comportamento dos suínos.An experiment was conducted where was evaluated the different levels of a beta adrenergic agonist (ractopamine) in feed for finishing pigs during 21 days before the slaughter. Were used 36 pigs (Landrace X Large White), 18 barrows and 18 females with initial weight of 87 kg, continuing two animals of same gender per pen totaling 18 pens, where received water and ration ad libitum. The experimental treatments were: T1 – control (ration without ractopamine; T2 – ration with 10 ppm of ractopamine; T3 – ration with 20 ppm of ractopamine. The costs of each treatment were evaluated to observe the viability of them. The animals were slaughtered weighting an average of 110 kg. Weekly, were evaluated the performance and the animal behavior. At the sacrificy were collected the blood samples to evaluate the seric urea and lactate and the gasometric parameters. After the slaughter the Carcass Characteristics were measured. The samples of L. dorsi muscle were obtained been submitted an evaluation of meat quality, fatty acid pattern and muscle fiber diameter. The experimental design was blocked randomically, presenting a factorial model 3X2 (3 ractopamine levels and 2 genders), been the pen considerated a repetition for performance parameter (6 repetition for treatment) and each animal represented a repetition for the other characteristics (12 repetition for treatment). Were observed a quadract effect for the daily feed consumption and carcass rendiment, linear effect for the daily weight gain, feed conversion rate, values of a*, chroma (c*), hue (h*), marbling, fiber diameter and seric concentration of urea and lactate. The cost analysis showed a better relation to treatment with 10 ppm. The ractopamine can be used, as an additive to surme´s feed at 20 ppm with increasing improvements in performance of animals without causing changes in the meat quality and the behavior of pigs