Do ser ao fazer: inf??ncia e fam??lia sob a perspectiva da socializa????o da linguagem

Alguns estudos sobre aquisi????o da linguagem t??m mostrado, ao longo dos anos, que as intera????es adulto-crian??a se configuram distintamente daquelas adulto-adulto, de forma a possibilitar que essas crian??as tenham um acesso facilitado ?? complexa estrutura ling????stica (e.g. SNOW e FERGUSON, 1977; Ferguson, 1996). Outros t??m se voltado para a compreens??o do desenvolvimento pragm??tico da linguagem nas crian??as nos seus primeiros anos de vida (e.g. ERVIN-TRIPP, 1979; CORSARO, 1979), revelando a (evolutiva) compet??ncia dessas crian??as na realiza????o de determinados atos de fala (AUSTIN, 1999). A presente pesquisa vale-se desses estudos, ampliando os horizontes de pesquisa ao partir do pressuposto de que aprender uma l??ngua ?? parte integral do processo de tornar-se membro a de um grupo (OCHS, 2002). O processo de desenvolvimento (ling????stico-pragm??tico) de uma crian??a est??, pois, atrelado ??s pr??ticas (interacionais) em que a crian??a se engaja, juntamente com outros as membros as do(s) grupo(s) ao(s) qual(is) ela perteSome studies concerning language acquisition have shown that adult-child and adult-adult interactions are distinctly constituted so as to provide children a facilitated access to the complex linguistic structure (e.g. SNOW e FERGUSON, 1977; FERGUSON, 1996). Others have tried to understand children's pragmatic development of language throughout their first years of life (e.g. ERVIN-TRIPP, 1979; CORSARO, 1979), revealing the (evolving) competence of these children in realizing certain speech acts (AUSTIN, 1999). This research departs from those studies and broadens the research perspectives by considering that learning a language is constitutive of the process of becoming a member of a group (OCHS, 2002). The (linguistic-pragmatic) development process of a child is thus linked to the (interactional) practices in which the child is engaged, as are the other members of the group. From a micro-ethnographic perspective, rooted in theoretical and analytical presuppositions implied in the analysis of face-to-face in