O setor calçadista do Estado da Bahia e o seu perfil aglomerativo e estrutural: uma avaliação de indicadores

Nesse trabalho tem-se como objetivo fazer uma análise do processo de alocação de algumas empresas produtoras de calçados, e analisar os prováveis efeitos na economia baiana após aconsolidação desse setor. É feito inicialmente uma breve análise do perfil das empresas que se deslocaram para o estado e do cenário político. Dentre os aspectos econômicos que poderiam ser analisados, optou-se por verificar, em termos de mesorregiões baianas, a existência ou não de concentrações de atividades calçadistas, bem como, se ocorreram ou não mudanças significativas na configuração da estrutura de suas atividades econômicas. Para manter um bom padrão de competitividade, as empresas brasileiras tiveram que iniciar um processo de reestruturação nas suas bases produtivas, ampliar a capacidade produtiva, melhorar a qualidade do produto, e transferir empresas originadas na região Sul-Sudeste para os estados do Nordeste, principalmente Bahia e Ceará, que possuem maior disponibilidade de mão-deobra a custos mais baixos. O poder desses estados em atrair essas empresas está limitado e potencializado pela capacidade deles em promover a localização industrial através da concessão de incentivos fiscais e financeiros, além de infra-estrutura básica. O pólo calçadista baiano precisa preencher elos da cadeia produtiva, e para tanto é preciso potencializar a atração de um maior número de empresas calçadistas e de componentes para o Estado, fazer políticas de apoio dos curtumes e abatedouros locais, fazer políticas de apoio a indústrias preestabelecidas, e também melhorar a ação do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), para gerar profissionais mais qualificados