p. 2672-2680Este trabalho teve como objetivo compreender os sentidos da dor crônica no discurso e na prática clínica de médicos nos espaços terapêuticos de duas Clínicas de Dor, situadas em hospitais-universitários de Salvador (Bahia) e São Paulo, Brasil. Foi realizado um estudo etnográfico a partir de observação participante e entrevistas semi-estruturadas com médicos (terapeutas e coordenadores de serviço). A análise dos dados foi inspirada nos modelos clínicos desenvolvido por Byron Good e o projeto de racionalidades médicas, formulado por Madel Luz. O reconhecimento da dor crônica pela biomedicina enquanto doença e não como sintoma, sua invisibilidade ao olhar médico, sua incomunicabilidade e inevitabilidade foram os sentidos emergentes...