O artigo analisa os discursos políticos desdobrados em torno das implicações dos poderes extraordinários e os estados de sítio presentes na Constituição Chilena de 1833. A pesquisa procura iluminar a tensão que emerge entre o pensamento republicano clássico e o liberal a partir da justificação dos "poderes de emergência" na ordem constitucional. Com esse objetivo, será analisado o debate político-ideológico que surgiu na esfera pública chilena em 1839 pelas implicações dos "poderes extraordinários" implementados durante a guerra entre o Chile e a Confederação Peru-Boliviana. A hipótese é que a partir desse debate público é possível ver uma passagem da linguagem política republicana clássica para uma mais liberal, evidenciada na discussão so...