Isidro Velázquez é conhecido como o último “gaúcho rebelde” do nordeste da Argentina. Ele foi morto a tiros pela polícia em 1967 no estado do Chaco. Seu corpo mutilado e o do seu companheiro Vicente Gauna foram exibidas em público em várias cidades e reproduzidas em fotografias que circularam na mídia estadual e nacional. Este artigo analisa a construção de dispositivos de espetacularização da morte e da violência estabelecido pelo Estado. O texto também explora como fotografias do cadáver de Velázquez são baseadas em formas de ver o corpo morto resultante de representações paradigmáticas da história da arte ocidental e cultura visual da América Latina. Além disso, o trabalho reflete sobre o papel que tinha essas imagens públicas e recreaçõ...