Compreendendo a gravidez na adolescência e as situações de violência intrafamiliar

Estatísticas epidemiológicas confirmam que 60% das mulheres grávidas foram vítimas de algum tipo de violência doméstica pelo parceiro íntimo durante o casamento e 20% delas sofreram violência física e psicológica grave durante a gravidez (DURANT, 2006). Este estudo é parte de um projeto maior intitulado “Estudo da violência doméstica contra adolescentes grávidas atendidas em uma Unidade Básica da Zona Leste de São Paulo: Bases para intervenção” ((Salcedo-Barrientos, 2012). Prospectivo, descritivo e exploratório, utilizando a abordagem qualitativa, buscando compreender as potencialidades e vulnerabilidades das adolescentes grávidas diante das situações de violência doméstica sofridas. Sustentado pela Teoria da Intervenção Práxis em Enfermagem em Saúde Pública - TIPESC (EGRY, 1996); foi desenvolvido junto a 10 adolescentes grávidas e que fazem parte da Estratégia Saúde da Família e vivem na Zona Leste de São Paulo. Os dados foram analisados de acordo com as recomendações sugeridas pela literatura epidemiológica Agreste (1990) e análise do discurso dos temas contidos dos relatórios analisados de acordo com Fiorin (2005). Nos discursos das adolescentes grávidas foram identificadas algumas categorias empíricas, neste artigo serão apresentadas duas categorias e suas dimensões: “gravidez na adolescência” e “violência intrafamiliar contra adolescentes”: Portanto, este estudo contribuiu para dar subsídios na construção de novos instrumentos de diagnóstico e repensar as práticas de saúde de forma mais eficaz e eficiente voltadas para atender as adolescentes grávidas que são vítimas de violência