Santuário de Bom Jesus de Matosinhos

Antes de adentrar no templo a portada em pedra-sabão inaugura o novo estilo rococó que atingirá todas as outras igrejas a partir da segunda metade do século XVIII. Internamente se surpreende pela coloração pastel exibida em toda programação pictórica, desde o coro com figuras dos patriarcas do antigo testamento, as cenas da vida de Maria e o Menino Jesus ainda nas paredes da nave e da paixão na capela-mor. Completando as cenas do Sacro Monte o altar-mor tem o Bom Jesus crucificado e na base no altar o Cristo depositado no esquife.Este santuário é considerado o altar da arte do Brasil colonial. Foi fundado pelo português Feliciano Mendes e forma o maior e mais extraordinário conjunto arquitetônico e artístico do país. Nesse santuário, trabalharam, entre outros, os mestres Antônio Roiz Falcato, Francisco de Lima Cerqueira, Tomás de Maya Brito e Manuel Rodrigues Coelho; os pintores João Nepomuceno (forro da nave e outros painéis) e Bernardo Pires (teto da capela-mor); os entalhadores Hierônimo Teixeira, Manuel Rodrigues Coelho e Luís Pinheiro de Sousa; quatro grandes anjos de Francisco Vieira Servas no retábulo-mor, e, por fim, Aleijadinho, que esculpiu na parte externa,os doze profetas em pedra-sabão do adro da igreja, bem como as 64 esculturas de cedro policromadas por Manuel da Costa Ataíde, dispostas em seis capelas denominadas Passos da Paixão com atual paisagismo de Burle Marx. O santuário possui ainda um museu de ex-votos. Todo conjunto passou por restauro em 1957 projeto do Iphan conhecido como Reconquista de Congonhas. Tombamento preservation register : n° 75-T-239