A instabilidade genómica é uma propriedade fundamental subjacente ao processo de carcinogénese, uma vez que confere às células cancerígenas a capacidade para a sua expansāo clonal. A aquisiçāo de um genótipo mutante permite nāo só a expansāo destas células, assim como, a manipulaçāo do ambiente em que estāo inseridas. O genoma possui, no entanto, sistemas de vigilância que detetam e corrigem defeitos na cadeia de DNA. O gene supressor tumoral TP53, mutado em cerca de metade de tumores humanos, é um fator de transcriçāo considerado o ‘guardiāo do genoma’ (Lane, 1992). A ativaçāo multifactorial do gene TP53, que atua via induçāo da transcriçāo de diferentes genes-alvo, classicamente culmina na paragem do ciclo celular, senescência e/ou apopto...