Experiências de alunos de Medicina no telemonitoramento de casos suspeitos de COVID-19

Diante da pandemia da COVID-19, o sistema de saúde teve de passar por adaptações para atender aos pacientes. Uma das alternativas encontradas foi o teleatendimento, aprovado pelo Conselho Federal de Medicina. Diante dessa nova possibilidade, alunos e professores da Universidade Federal de São João del Rei (CCO) criaram um projeto de teleatendimento e telemonitoramento dos pacientes com suspeita ou confirmação da doença. O objetivo deste trabalho é apresentar as percepções de estudantes de Medicina sobre os serviços prestados no teleatendimento e reforçar a importância dessa experiência para a população e para os acadêmicos. O trabalho constitui-se do atendimento remoto aos pacientes suspeitos ou com confirmação para a COVID-19. A entrada no sistema ocorre por meio de dois fluxos, sendo o primeiro por ligação telefônica/chatbot e o segundo por encaminhamento da Unidade Básica de Saúde. Em seguida, o paciente é atendido pelo enfermeiro e, se necessário, pelo médico. O telemonitoramento é realizado pelos alunos com periodicidade diária ou a cada dois dias, dependendo da gravidade do caso e das condições de saúde do paciente. O teleatendimento surge como uma forma de agilizar as condutas no tratamento dos pacientes com sintomas sugestivos de COVID-19, ou com confirmação da doença, e visa diminuir a necessidade de atendimento presencial dos casos leves. O serviço prestado também corrobora com os princípios da Atenção Primária à Saúde e minimiza desnecessários encaminhamentos e tem grande importância ao levar informações a respeito da pandemia. Além disso, o projeto permite consolidar os conhecimentos sobre semiologia, ética médica e especificidades da COVID-19. Por fim, a oportunidade de ajudar a população rendeu a esses alunos a prática da Telessaúde e o desenvolvimento de habilidades de acolhimento, prática de entrevista clínica, centrado sempre na pessoa assistida, experiências de grande relevância para a profissão médica