Pesquisa sobre a satisfação dos idosos relacionada à moradia em uma Instituição de Longa Permanência (ILP) da Região Sul de Santa Catarina

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado para obtenção do grau de Bacharel no Curso de Enfermagem, da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC.O estudo teve como objetivo identificar a satisfação dos idosos quanto à moradia em uma Instituição de Longa Permanência (ILP). As hipóteses foram baseadas em: os idosos não são valorizados pela sociedade e por suas famílias; sentem-se incapazes, abandonados devido ao fato de morarem em ILP e não viverem com suas famílias. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa do tipo descritiva, realizada em um município da Região Sul de Santa Catarina. Participaram da pesquisa 12 idosos residentes da ILP e 13 funcionários. Para coleta de dados utilizou-se um roteiro de entrevista semi-estruturada e observação sistemática com os idosos e funcionários da ILP. As variáveis consideradas no estudo com os idosos foram classificadas em seis categorias: sociodemográfico; condições de saúde; aspectos relacionados institucionalização; atividade laboral; satisfação com a moradia; relações sociais. Já as variáveis consideradas no estudo com os funcionários foram: sociodemográfico; satisfação em trabalhar na ILP e visão quanto aos objetivos da ILP. Os resultados obtidos apontam que grande parte dos idosos ingressou na ILP por motivação própria, não se encontravam em estado de abandono por suas famílias e não apresentam grandes questões de insatisfação quanto à moradia. O presente estudo mostra que a vida social dos idosos é praticamente limitada a ILP e a assistência que ali é proporcionada pela equipe de funcionários que contribuem para a satisfação dos idosos. Todos os trabalhadores têm satisfação em trabalhar na ILP e conhecem os objetivos na instituição. Percebeu-se ainda que satisfação é um fenômeno complexo onde o idoso necessita de algumas circunstâncias da vida para julgar o que lhe satisfaz. Os moradores alvos do estudo foram aqueles considerados em boa capacidade cognitiva e que representavam 17,14 % da população da ILPI. Por isso, recomenda-se novos estudos em bases epidemiológicas que permitam uma avaliação global das pessoas idosas na ILPI em estudo e assim contribuir para corrigir possíveis distorções