O perfil das vítimas notificadas no Núcleo de Prevenção da Violência e Promoção da Saúde

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado para obtenção do grau de Bacharel no Curso de Enfermagem, da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC.Este estudo tem como objetivo Identificar o perfil das vitimas notificadas no Núcleo de Prevenção às Violências e Promoção da Saúde, em um município do Extremo Sul Catarinense. Pesquisa de abordagem metodológica quali-quantitativa, documental, descritiva-exploratória e de campo. A pesquisa foi realizada a partir da análise das notificações do SINAN de 2010 a outubro de 2012 e realização de entrevista com a enfermeira participante do programa. Na fase de análise de dados, as informações foram quantificadas através do Microsoft Office Excel e apresentados por meio de análise quantitativa. A análise e interpretação dos dados qualitativos foi realizad pela categorização dos dados, através da ordenação, classificação e análise final dos dados pesquisados. Em relação aos tipos de violência, 40,92% caracterizou-se com violência física; 16,47% lesão auto provocada; 13,07% negligencia e abandono; 10,29% deficiência ou transtorno mental; 6,71%; violência psico moral; 6,07% violência com arma de fogo; 3,24% violência sexual; 1,81% violência relacionada ao trabalho; 1,02% tortura; intervenção legal 0,26%; 0,07% exploração sexual e trafico de seres humanos. Quanto a unidade notificadora, 86,06% foram realizadas pelos hospitais. Em relação ao sexo 50,90% das vitimas são masculino, e 49,10% do sexo feminino. Na escolaridade, 68,55% da violência ocorreu em vitimas que são de escolaridade analfabetas até as que possuem ensino fundamental completo. Sugere-se a partir dos resultados da pesquisa, a sensibilização e capacitação da equipe multiprofissional que atua na rede de serviços para a assistência aos casos de violência e encaminhamento ao Núcleo de Prevenção à Violência e Promoção da Saúde. A violência pode ser considerada, desta forma como um problema de saúde pública, de múltiplas dimensões e que necessita de estudos cada vez mais aprofundados e de políticas públicas que envolvam além da temática da violência, a segurança, educação e uma cultura para paz