As ciências e as artes sempre utilizaram processos coletivos de criação. Porém, a criação colectiva ganhou recentemente novos contornos pela emergência, a partir da década de 60 do século XX, daquilo que a podemos chamar “viragem participativa”, isto é, o surgimento de um público informado, que se interessa, que toma parte activa, que encontra formas diversas de participação ou é chamado a participar nos processos criativos das ciências e das artes. Este livro propõe-se pensar as práticas participativas que hoje atravessam a actividade criativa das ciências e das artes, discutir as razões da sua emergência e interrogar o sentido da sua concomitância no mundo actual. Ao longo de quatro anos, foram convocados vários cientistas e artistas ...