O presente artigo versa sobre o discurso de Diotima de Mantineia no Banquete, de Platão (2016). Foi utilizada a fala da sacerdotisa e hetaira (prostituta) através da alocução de Sócrates para tratar sobre o Amor como entidade demiúrgica. Na dialética platônica observamos que o Eros é um intermediário entre os homens e os deuses: filho nascido de uma mãe pobre e de um pai com recursos. A questão hipotética levantada através do texto/tecido do aristocrata Platão foi a entrada, mesmo que em instância discursiva, de uma mulher, em recinto masculino, para fazer encômio ao Amor no diálogo platônico. É de nota que Diotima de Mantineia era uma sacerdotisa e hetaira (cortesã), e que, por esse motivo, sua presença era tolerada entre os convivas do Ba...