O artigo analisa a proximidade dos retratos da Paris do século XIX feitos por Charles Baudelaire, Victor Hugo e Walter Benjamin, de modo a compreender de modo mais amplo a filosofia do espaço que Benjamin desenvolve. Parte-se da Paris de Baudelaire, suas escolhas, a consideração dos pequenos lugares, a “alma” e a universalidade desses espaços, e a repercussão de tais perspectivas no interior de “A Paris do Segundo Império” de Walter Benjamin. Confronta a Paris monumental de Victor Hugo com a Paris trivial de Baudelaire. Busca descrever as escolhas dos autores, bem como apreender o sentido profundo da afinidade entre o poeta, o romancista e o filósofo, de modo a iluminar as interpretações e conceitos sobre o espaço, desenvolvidos ...