O CAMPO EDUCACIONAL E A DIDÁTICA ENTRE OS ANOS DE 1950-1960: O QUE DIZ A LITERATURA

O presente artigo é parte de uma dissertação de mestrado e pretende identificar o debate educacional em Minas Gerais, nas décadas de 1950 e 1960, buscando apreender, por meio da literatura, o lugar da Didática nesse contexto.No Brasil, os estudos da Didática ganharam relevância a partir das décadas de 1920/1930, e avançaram pelas décadas seguintes - momento no qual a sociedade brasileira passa por grandes transformações marcadas pelo processo de industrialização e pela necessidade de racionalização do processo de transmissão dos saberes. Em meio a este debate, em torno da democratização da escola e da luta em prol da escola pública, a Didática encontra terreno fértil. Ainda,sob influência do escolanovismo, difundida pela Escola do Aperfeiçoamento, a Didática ressaltava os processos de ensino e de aprendizagem e a importância do professor na gestão da sala de aula, o que pôde ser observado até meados da década de 1950. A partir daí já é possível identificar as fortes críticas tecidas ao campo, que por influência do Tecnicismo e de seus autores, especialmente os americanos, passa a atribuir maior importância aos Métodos e Técnicas de Ensino. O estudo se ancorou em referenciais como MOREIRA (2006); OLIVEIRA (1980); LIMA (1970); CASTANHO (2008); VIDAL (2003) E VEIGA (2000),todos autores de referência no estudo do campo da Didática