Estratégias de coping nos alunos do 12º ano: adaptação e validação da versão portuguesa do Adolescent - Coping Orientation for Problem Experiences

Na adolescência o indivíduo sente-se, por um lado, apto fisicamente para ser considerado adulto, por outro, vê-se confrontado com um conjunto de exigências psicológicas e sociais que o obrigam a desenvolver competências para projectar e gerir autonomamente a sua vida. Todas estas exigências implicam recursos, capacidades a que os adolescentes terão de recorrer para o seu confronto. Entre os estudantes do 12º ano, atendendo aos desafios específicos que esta etapa encerra e suas implicações ao nível da performance escolar, do bem-estar físico e psicológico e/ou da concretização (ou não) dos seus objectivos pessoais, académicos e/ou profissionais, parece da maior relevância o estudo das estratégias de coping, mais frequentemente utilizadas, no confronto com situações/experiências percepcionadas como problemáticas. Dada a escassez, no contexto português, de instrumentos que permitissem conhecer de forma mais aprofundada esta realidade específica, considerou-se pertinente proceder à adaptação e validação da versão portuguesa do Adolescent - Coping Orientation for Problem Experiences (McCubbin & Patterson, 1983). A validação envolveu a participação de um total de 341 alunos do 12º ano de 3 escolas do Norte do País. Os resultados obtidos na apreciação das características métricas da versão traduzida e adaptada para a população portuguesa do A-COPE (54 itens) deram a conhecer uma estrutura factorial de 8 dimensões, com índices de consistência interna (alpha de Cronbach) entre .62 e .81