Afro-descendent in university: Affirmative action policies in Brazil and Colombia in a comparative perspective (2000-2018).

The 2000s represented a paradigm shift on the nation-states institutional recognition about their own internal racial inequality, resulting in the commitment to the promotion of racial equality in the UN sponsored third world conference against racism, racial discrimination, xenophobia and related forms of intolerance, the Durban Conference. Both Colombia and Brazil were part of the group that implemented the measures that were agreed in such occasion, such as the creation of raciais quotas aiming to reduce inequalities in the acesso f universities between blacks and whites in the access of university. However, even if those countries policies were united in sharing the same end goal, it’s execution was vastly different. As such, the present research sought to provide an overview of affirmative actions in Brazil and Colombia, by identifying the differences between the models, their agenda formation and their results. By doing so, the present research employed a qualitative documental analysis of comparative policy. As for the theoretical framework, it was employed the post-colonial theory, due its use of race as an analytical category and its understanding of colonialism effects on the the creation of systemic oppressions.A partir de 2000 Estados nacionais reconhecem institucionalmente as desigualdades associadas à raça em seus territórios e comprometem-se à promoção da igualdade racial, na ocasião conhecida como Conferência de Durban, a terceira conferência mundial contra o racismo, a discriminação racial, a xenofobia e formas correlatas de intolerância promovida pela ONU (Organização das Nações Unidas). Brasil e Colômbia fazem parte do grupo de países que implementam as medidas consensuadas nesta ocasião, estabelecendo cotas raciais universitárias, para alterar a desigualdade entre brancos e negros no acesso à universidade. Se, por um lado, essa política nasce para fins de objetivo em comum em ambos contextos, bem como em uma mesma conjuntura internacional, por outro lado, elas se desenvolvem distintamente. Desta forma, buscou-se realizar um panorama das ações afirmativas no Brasil e na Colômbia, identificando as diferenças entre os modelos, sua formação de agenda e seus resultados. Para tanto, a pesquisa foi desenvolvida a partir de um estudo qualitativo, estabelecendo uma política comparada, sob o recurso de técnica documental com pressuposto bibliográfico. Como arcabouço teórico, optou-se pelo Pós-colonialismo e as teorias decoloniais, conjunto de teorias que respalda a raça como categoria analítica, e que permite perceber as influências do colonialismo no desenvolvimento de opressões estruturais