Uma experiência de colonização na cotinguiba sergipana: as fazendas prhocasianas.

O meio rural sergipano e, especificamente, a microrregião da Cotinguiba, no final da década dos anos sessenta, atravessou um período de desorganização na estrutura econômica que culminou com uma série de tensões sociais com repercussão por todo o estado. Para enfocar a temática em questão, frisamos que o período compreendido entre 1967 e 1971 assinala a decadência geral de unidades que representam o tradicional poderio econômico do Cotinguiba: foram fechadas não só as últimas fábricas de tecidos como também usinas de açúcar que absorviam parte da população ativa nos setores industrial e agrícola. Nessa fase, para intensificar ainda mais as tensões no campo, alguns dos granes porprietários não mais arrendaram terras aos lavradores. A ação da Igreja Católica em Sergipe, através da Arquidiocese de Aracaju, criando a PRHOCASE, introduziu na área um novo tipo de propriedade, ou seja, a propriedade do tipo sociedade, em contradição com a tradicional forma predominante na microrregião que é a propriedade do tipo individual. Consequentemente, a Cotinguiba sergipana sofre redical e sensível mudança no uso e na posse da terra com o aparecimento das fazendas comunitárias prhocasianas, pois o trabalhador rural passa de assalariado temporário para cooperado, trabalhando em terras comunitárias e não mais em terras particulares