O mercado do pequeno e a síndrome da informalidade: atividades informais e população de baixa renda no Nordeste.

O propósito deste artigo é oferecer evidência quanto a determinados aspectos daquilo que se convencionou chamar de setor informal. Para isso, o autor se baseia em pesquisas que realizou em cidades do Nordeste do Brasil (Recife, Salvador e Fortaleza), servindo-se também de material que vem reunindo em mais de uma década de observação da síndrome da informalidade, inclusive elementos coletados de uma pesquisa que efetua atualmente. É revelado que as rendas provenientes do setor informal não são estáveis e que, na média, situam-se acima das originárias do setor formal (para uma dada população de baixa renda investigada). A natureza ocasional das atividades informais é acusada, bem como seus baixos índices de capitalização (essas atividades se processam em microunidades de produção). Nelas é destacada a presença de mão-de-obra feminina e a de migrantes, e a média de idade de força de trabalho supera a que se constata nas atividades modernas. O artigo refere-se também ao emprego doméstico e especula sobre a viabilidade e a permanência do setor informal. The purpose of this paper is to supply evidence concerning certain aspects of what has been called informal sector. In order to do that, the author is based on researches he conducted in cities of Brazil's Northeast (Recife, Salvador and Fortaleza). He also uses material which he has been athering in more than one decade of observation of the syndrome of informality, including elements of a study still in progress. It is revealed that incomes from the informal sector are not stable and that, on average, they are above those originated in the formal sector (for a given sample of low income people). The occasional nature of the informal activities is shown, as well as their low levels of capitalization (those activities take place in microunits of production). The presence of women in the informal sector labor force is prominent. The same happens with migrants. As to median ages, the figures for workers in informal activities range above those observed in the modern sector. The article deals also witb domestic employment and speculates about the viability and permanence of the informal sector