DESAFIOS DA POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA: OS IMPACTOS PARA A CONSTRUÇÃO DE LIDERANÇA REGIONAL A PARTIR DA ASCENSÃO CHINESA PÓS-2008

Neste trabalho analisam-se os desafios da Política Externa Brasileira (PEB) a partir da revisão da ordem global por meio da ascensão chinesa no sistema internacional no contexto de crise econômica de 2008. O objetivo geral é compreender os principais determinantes da presença chinesa em âmbito global e a consequente aproximação da relação entre China e Brasil, verificando o derivado alinhamento pragmático em busca de ganhos (bandwagoning for profit), bem como o impacto deste processo na atuação regional brasileira. A principal hipótese do trabalho é de que, no período supracitado, a China desempenha um balanço de poder internacional com os Estados Unidos da América (EUA), enquanto o Brasil exerce bandwagoning em âmbito internacional visando a liderança na América do Sul através do incremento no grau de autonomia da PEB. A hipótese secundária adotada é de que, como potência regional, o Brasil desempenha um papel internacional que pode ser restringido pela superpotência emergente (China). Para avaliar as hipóteses propostas, o trabalho faz um estudo de caso, a partir do método de abordagem hipotético-dedutivo e faz uso das tipologias sobre as atuações da política externa cunhadas por Schweller (1994) como: (i) chacal (ii) cordeiro (iii) leão e (iv) lobo para avaliar a PEB face à China e a região