Viabilidade de um sistema portátil à base de sensores de inércia como adjuvante na identificação de claudicações em provas de resistência equestre

Dissertação de Mestrado Integrado em Medicina Veterinária, Ciências VeterináriasA presença de claudicação é a principal causa de desclassificação em provas de resistência equestre, sendo um motivo frequente de insatisfação dos cavaleiros para com os elementos da comissão veterinária. A avaliação do trote é realizada de forma subjetiva por um painel veterinário. A utilização de um método objetivo para avaliação do trote, tal como o sistema portátil à base de sensores de inércia (SPSI) pode ajudar os médicos veterinários a documentar as suas decisões, tornando-as menos questionáveis. Os objetivos deste estudo foram avaliar a viabilidade do SPSI durante uma prova de resistência equestre, comparar a análise objetiva do SPSI com a avaliação subjetiva dos veterinários e avaliar a recetividade dos médicos veterinários, cavaleiros e juízes relativamente ao uso do SPSI através de inquéritos. O estudo decorreu durante um concurso de promoção de 40km e 80 km. Integraram no estudo 22 cavalos que foram submetidos a 70 avaliações de trote. Os dados utilizados foram as informações registadas nos verbetes veterinários relativos à avaliação do trote, a avaliação realizada pelo SPSI e as respostas aos inquéritos realizados. É viável a utilização de um SPSI durante uma prova de resistência equestre. O SPSI revelou-se mais sensível do que a avaliação veterinária. No entanto, quando reduzida a sensibilidade do SPSI houve concordância entre os métodos. A impressão dos médicos veterinários, cavaleiros e juízes foi favorável, mas foi recomendado reduzir a distância do trote. O SPSI tem potencial para a utilização em provas de resistência equestre, pois é prático, portátil, pequeno e não invasivo, não incomoda os cavalos e não interfere com a avaliação veterinária. A possibilidade do SPSI tornar a avaliação do trote mais consistente e menos questionável merece ser investigada.The presence of lameness is the main cause of disqualification in endurance riding, being a frequent reason for dissatisfaction of the riders for the elements of the veterinary committee. The evaluation of the trot is performed subjectively by a veterinarian panel. The use of an objective method for evaluating the trot as the inertial sensor based system (ISBS) can help make veterinarians to document their decisions, making them less questionable. The objectives of this study were to evaluate the feasibility of sips during endurance equestrian, comparing the objective analysis with subjective evaluation ISBS vets and evaluate the receptivity of veterinarians, riders and judges regarding the use of ISBS through surveys. The study took place during a 40km and 80 km promotion contest, where 22 horses were submitted to 70 reviews of hazing. The data used were the information recorded in the entries relating to veterinary evaluation of hazing, the evaluation by the ISBS and responses to surveys. It is feasible to use ISBS during an endurance equestrian. The ISBS proved more sensitive than veterinary evaluation. However, when we reduced the sensitivity of ISBS methods were concordant. The impression of veterinarians, riders and judges was favorable, but it was recommended to reduce the distance trot. The ISBS has potential for use in endurance riding, as it is practical, portable, small and non-invasive, does not bother the horses and does not interfere with the veterinary evaluation. The possibility of making evaluation ISBS trot more consistent and less objectionable should be investigated