Às margens de outros mundos: expressões e símbolos religiosos em um Centro de Terapia Intensiva Pediátrica no Rio de Janeiro

This dissertation has the purpose of understanding how the nurses and the families with hospitalized children experience aspect and religious symbologies in the Centro de Terapia Intensiva Pediatrica (CETIP), at the Hospital Federal dos Servidores do Estado in Rio de Janeiro (HFSE). This study seeks to contribute to deepen the discussions about religious belief when facing the illness, leading to understand the complex relationship between patient, family, health professional and religiosity. This approach allows, from a socio anthropological view, to construct models of health-illness which recover the experience, psychosocial, spiritual and religious dimensions. The legitimation of the religiosity in illness situations, healing and confrontation is not only restricted to the family, but also about the recovery of the patient. Among the subjects studied, there was no antagonism between biomedicine and religious phenomenon, but a complementary relationship.Esta dissertação tem o propósito de compreender como os enfermeiros e as famílias de crianças internadas vivenciam as expressões e as simbologias religiosas no Centro de Terapia Intensiva Pediátrica (CETIP), do Hospital Federal dos Servidores do Estado no Rio de Janeiro (HFSE). O motivo do estudo é contribuir para o aprofundamento das discussões sobre as crenças religiosas no enfrentamento da doença, levando à compreensão da complexa relação entre doente, família, profissional de saúde e religiosidade. Essa abordagem permite, a partir de uma visão socioantropológica, uma construção de modelos de saúde-doença que recuperam a dimensão experiencial, psicossocial, espiritual e religiosa. A legitimação da religiosidade em situações de doença, cura e enfrentamento não se restringe aos familiares, mas também aos enfermeiros, que compartilham a crença na eficácia divina em torno da cura e recuperação do doente. Entre os sujeitos pesquisados não houve antagonismo entre biomedicina e fenômeno religioso, mas uma relação complementar