Nas asas da imaginação : a arte de contar historias, o imaginario e a criatividade infantil

Contar histórias, ao contrário do que muitos pensam, requer preparo e acima de tudo consciência da importância desta atividade como linguagem artística e milenar. Sabemos que as histórias nos emocionam, nos envolvem e nos dão prazer. Mas o que pretendemos despertar cada vez que proferimos o famoso "Era uma vez"\u27? Disseminar lições de moral? Promover silêncio? Ganhar sorrisos? Ouvir os apelos do "conta outra vez"? Muitas são as possibilidades e as intenções que nos levam a contar histórias. Mas será que de fato é necessário que tenhamos motivos para contá-las? E por que não deixarmos esta atividade por conta da televisão, que do ponto de vista prático, seria o mais eficiente contador de histórias? Na tentativa de buscar possíveis respostas a estas e outras questões, esta pesquisa refere-se à arte de contar histórias como incentivo à capacidade imaginativa e criadora infantil. Meu interesse pelo tema surgiu a partir da necessidade pessoal e profissional em fundamentar e aprimorar, como educadora de creche, as atividades de contar histórias com crianças de Zero a três anos. O mesmo interesse se deu pelo teatro amador após meu ingresso no grupo de contadores de histórias do CECI 3, composto por funcionárias atuantes nas diversas áreas de atendimento da creche, que de forma voluntária se uniram com o simples e importante objetivo de contar e encantar por meio das histórias