A poética do convite : abrindo processos de composição coreográfica na improvisação em dança

Dissertação (Mestrado) – Departamento de Artes Cênicas, Instituto de Artes, Universidade de Brasília, Brasília, 2019.Essa dissertação é um exercício, realizado entre leituras, residências artísticas e suas materializações coreográficas, de materializar uma escrita coreográfica das questões pelas quais me debrucei ao longo do mestrado em artes cênicas. Um recorte experiencial e imaginário do ajuntamento de noções que pudessem construir a ideia de “convite” enquanto uma poética nascida pelas lógicas e práticas da improvisação em dança. Nela, compartilho possibilidades de repensar “coreografia” enquanto a criação de contextos para coexistência, levando-me a propor um olhar sobre “residências artísticas” enquanto situação estratégica para processos criativos em colaboração. Com o texto, discorro também sobre algumas características levantadas para a elaboração da ideia de convites coreográficos e seus (im)possíveis desdobramentos. Ainda, como escolha estética, ética e política, evidencia-se a metodologia da prática como pesquisa, dialogando sobre estrutura enquanto conteúdo ao convidar (metalinguisticamente) a uma leitura que se abra à possibilidade de ser realizada de corpo todo.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).This writing is an exercise, devised between readings, artistic residencies and its artistic materialisations, of materialising choreographies of the issues for which I have studied throughout the masters in performing arts. An experiential and imaginary clipping of the notions gathered wishing to build the idea of “invitation” as a poetics born from the logics and practices of dance improvisation. In it, I share possibilities of rethinking “choreography” as devising contexts for coexistence, leading me towards the "artistic residences" as strategic situation for creative processes in collaboration. By the text, I also talk about some characteristics raised for elaborating the idea of choreographic invitations and their (im)possible unfoldings. Still, as an aesthetic, ethical and political choice, the methodology of practice as research is revealed, dialoguing on structure as content by inviting (metalinguistically) to a whole-body reading