O LUGAR DO SUJEITO EM A NATUREZA DO ESPAÇO, DE MILTON SANTOS

A ausência do sujeito nos textos de Milton Santos figurou, por muito tempo, como uma das principais críticas à obra deste importante geógrafo. Em decorrência desta suposta ocultação, o autor foi constantemente qualificado ora como estruturalista ou funcionalista, ora como objetivista. Mesmo quando sua abordagem se aproxima da fenomenologia, em seu alentado livro A Natureza do Espaço, a ausência do sujeito manteve-se ao olhar desatento do leitor, incapaz de compreendê-lo sub-repticiamente no variado arsenal de categorias filosóficas utilizado pelo autor. O presente artigo consiste numa tentativa de identificar como alguns dos principais textos de Milton Santos, em especial A Natureza do Espaço, compreendem um sujeito implicado em seus postulados