TERRITORIALIDADE AGRÁRIA NA MESORREGIÃO DA ZONA DA MATA MINEIRA: ESTUDO DE CASO DA SILVICULTURA DE EUCALIPTO EM TERRITÓRIO QUILOMBOLA

As fl orestas de eucalipto nativas ocorrem principalmente na Austrália, mas devido à sua grande capacidade de adaptação a diferentes condições geoecológicas, principalmente em áreas tropicais, e às numerosas possibilidades de uso, com destaque como matéria-prima da indústria de papel e celulose, o cultivo de eucalipto para fi ns produtivos têm sido implantados em diversos países, inclusive no Brasil. No cenário nacional alguns estados brasileiros nos chamam a atenção para sua produção como, por exemplo: Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Espírito Santo e Paraná. Dentro do panorama estabelecido na produção do gênero Eucalyptos no Brasil, cabe chamar a atenção para a importância que o estado mineiro tem nesse cenário, sendo o estado com o maior número de hectares plantados. Dessa forma, a mesorregião da Zona da Mata mineira tem alguns fatores que contribui para o início desse processo produtivo. Em meio ao cenário de sucessivas territorialidades agrárias na mesorregião da Zona da Mata mineira, acirradas pela pressão das verticalidades sobre o território, treze comunidades remanescentes de quilombo perpetuam sua r-existência. Dentre essas treze comunidades, a Comunidade de São Pedro de Cima que se localiza no município de Divino/MG e a Comunidade Colônia do Paiol que se localiza no município de Bias Fortes/MG são as que temos trabalhos mais efetivos sobre o processo de territorialidade agrária da silvicultura de eucalipto