Reciclagem de papel

A reciclagem tem sido tema freqüente de estudos. Uma dificuldade que transparece na quase totalidade desses estudos consiste na variedade de critérios de avaliação e na fragilidade das informações quantitativas utilizadas, o que dificulta comparações entre opiniões ou resultados. Uma visão global do balanço mundial de fibras para a produção de papel é importante para a introdução do assunto reciclagem. Estas fibras podem ser comercializadas diretamente sob a forma de papel pronto para o uso, de polpa (pastas diversas, inclusive celulose) ou de aparas e papéis usados. Um dos aspectos mais interessantes na reciclagem de papéis está na possibilidade de que a mesma possa, em futuro próximo, afetar significativamente o mercado de celulose, que tem no Brasil importante fornecedor. Vários e complicados fatores influenciam os modelos de projeção, e as diversas hipóteses, até agora consideradas, ainda não parecem esgotadas. Serão as campanhas em favor do aumento no uso de reciclados realmente benéficas em termos ambientais ou econômicos? Será mais adequado fazer a incineração com recuperação de energia de parte do papel usado que hoje se tenta aproveitar? Por que o Japão se viu frustrado na tentativa de atingir a taxa de recuperação de 55% em 1995? Tenderão a proliferar decisões compulsórias no contexto ambientalista? A reciclagem é um bom negócio nos países onde existe vantagem na produção de fibras virgens? Todas essas questões continuarão a ilustrar e motivar discussões por bom tempo