Literacy, Empowerment, Psychological and Behavioral Impact and Self-care Activities in Diabetes Type 2: Pilot-study

Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de MedicinaBackground: The incidence of type 2 diabetes mellitus (DMT2) has been increasing substantially over the last decades. Education and empowerment of people with diabetes are concepts of extreme importance in order for them to play an active role in managing the disease. Objective: To describe and to investigate associations between health literacy, empowerment, psychological and behavioral impact of diabetes and self-care behaviors among patients with DMT2, recruited into a nutritional lifestyle intervention randomized controlled trial. A secondary aim was to describe the recruitment process and also the control and experimental groups. Methods: An observational cross-sectional study was conducted in a convenience sample of patients with DMT2, recruited for a clinical trial from a primary care unit. The Portuguese versions of Newest Vital Sign (NVS), Diabetes Empowerment Scale – Short Form (DES-SF), Diabetes Health Profile 18 (DHP-18) and Summary of Diabetes Self-Care Activities (SDSCA) were applied, as well as a sociodemographic and clinical-related questionnaire. Descriptive and inferential statistics were generated using the Mann-Whitney U test, Fisher’s exact test, and Spearman’s correlation. Results: Sample of 18 participants, 61.1% were female, and the mean age was 64.64±7.62 years. This study revealed low health literacy levels, good patient empowerment, and a greater perceived mental health, in comparison to physical health. The data also suggests greater adherence to pharmacological therapy, but poor adherence to a healthy diet and exercise. A statistically significant positive correlation was found between patient empowerment and “Exercise” (=0.524; p=0.045), and between “General Diet” and “Barriers to Activity” (=0.527; p=0.043). No statistically significant differences were found between control and experimental groups for all the variables included in this study. Discussion and Conclusion: The results indicate that higher patient empowerment is related to better adherence to exercise and that following a healthy diet is related to higher perceived barriers to activity. This study reinforces the importance of empowering people with diabetes and the necessity for lifestyle interventions. The study’s main limitation was recruiting participants, which reveals the need for developing new recruitment strategies.Introdução: A incidência da diabetes mellitus tipo 2 (DMT2) tem vindo a aumentar substancialmente nas últimas décadas. A educação e a capacitação das pessoas com diabetes assumem uma grande importância no desempenho de um papel ativo no controlo da doença. Objetivo: Caracterizar e perceber se existe associação entre literacia em saúde, capacitação, impacto psicológico e comportamental da diabetes e adesão a atividades de autocuidado, em pessoas com DMT2, recrutadas para um ensaio clínico randomizado e controlado, com o objetivo de avaliar o impacto de uma intervenção de educação nutricional. Outro objetivo foi descrever o processo de recrutamento e caracterizar os grupos de controlo e de intervenção. Métodos: Realizou-se um estudo observacional e transversal numa amostra de conveniência, constituída por 18 pessoas com DMT2 recrutadas para um ensaio clínico, numa Unidade de Saúde Familiar. Aplicou-se a versão portuguesa validada das escalas Newest Vital Sign (NVS), Diabetes Empowerment Scale – Short Form (DES-SF), Diabetes Health Profile 18 (DHP-18) e Summary of Diabetes Self-Care Activities (SDSCA) e um questionário sociodemográfico e clínico. Realizou-se uma análise estatística descritiva e inferencial, com recurso ao teste U de Mann-Whitney, teste exato de Fisher e correlação de Spearman. Resultados: Amostra constituída por 18 participantes, 61,1% do sexo feminino, com idade média de 64,64±7,62 anos. Observou-se um baixo nível de literacia em saúde, boa capacitação e uma perceção de saúde mental superior à perceção de saúde física. Verificou-se uma maior adesão à terapêutica farmacológica, mas identificou-se um défice na adesão a uma alimentação saudável e à atividade física. Observou-se uma correlação positiva, estatisticamente significativa, entre a capacitação e a “Atividade física” (=0,524; p=0,045) e entre a “Alimentação Geral” e as “Barreiras à Atividade” (=0,527; p=0,043). Os grupos de controlo e de intervenção mostraram-se equiparados, relativamente às variáveis sociodemográficas e clínicas e em relação aos resultados obtidos com as escalas aplicadas. Discussão e Conclusão: Os resultados obtidos sugerem que, quanto mais capacitadas as pessoas com diabetes, maior a adesão à atividade física e que, quanto maior a adesão a uma alimentação saudável, maior a perceção de barreiras à atividade. Este estudo reforça a importância de capacitar as pessoas com diabetes e a necessidade de intervir no sentido de modificar o seu estilo de vida. A principal limitação deste estudo é a dimensão reduzida da amostra, pelas dificuldades no recrutamento de participantes, o que evidencia a necessidade de adotar novas estratégias nesta área