INFECTION AND COLONIZATION BY CARBAPENMASE-PRODUCTING ENTEROBACTERIACEA IN A TERTIARY HOSPITAL: CLINICAL AND EPIDEMIOLOGICAL CHARACTERISTICS

Introdução: Com o surgimento das bactérias produtoras de carbapenemase (BPC), o tratamento das infecções adquiridas no ambiente hospitalar se tornou ainda mais desafiador, com consequente escassez de opções terapêuticas. Objetivo: caracterizar clínica e epidemiologicamente pacientes em que foram isoladas bactérias BPC. Métodos: Pacientes que apresentaram cultura positiva para BPC em culturas de vigilância ou amostra clínica, no período de janeiro a julho/2014. Diversas variáveis foram analisadas a fim de se detectar as mais frequentemente encontradas. Resultados: Um total de 63 pacientes foram avaliados, com faixa etária média de 52 anos. Quarenta e quatro pacientes internaram por síndrome não infecciosa, sendo doenças cardiovasculares e diabetes mellitus as mais frequentes. Trinta e sete (58,7%) pacientes haviam passado por outro serviço de saúde. A detecção da BPC ocorreu em pacientes procedentes das unidades de cuidados intensivos de adultos (66,7%), clínica médica (11%), cirurgia geral (6,3%), unidade de terapia intensiva cardiológica (3,2%) e transplante de medula óssea (3,2%). Das amostras isoladas, 12 (19%) pacientes apresentavam detecção de BPC em amostras clínicas. Quanto ao tempo de internamento, somente 12 (19%) apresentaram detecção após 30 dias de internamento. Quatro (6,3%) pacientes foram a óbito. Conclusões: Em um hospital terciário, a grande maioria dos isolamentos por BPC ocorreu em unidades de cuidados intensivos e antes de 30 dias de internação. Muitos pacientes já eram procedentes de serviços de saúde e tinham doenças crônicas prévias. Nenhum óbito foi relacionado à infecção de BPC. Background: With the emergence of carbapenemase-producing Enterobacteriacea (CPE), the treatment of infections acquired in the hospital environment has become even more challenging, with consequent shortage of treatment options. Objective: characterize clinically and epidemiologically patients in which CPE was isolated. Methods: Patients who had positive culture for CPE in surveillance cultures or clinical sample between January and July / 2014 were studied. Several variables were analyzed in order to detect the most frequent characteristics. Results: A total of 63 patients were evaluated, with mean age of 52 years. Forty-four patients were admitted to Hospital because of non-infectious diseases. The most frequently found comorbidities were cardiovascular complications. Thirty-seven (58, 7%) patients proceed from other health care facilities. The most common units where CPE was detected were: adult intensive care units (66,7%), internal medicine (11%), general surgery (6,3%), cardiac intensive care unit (3,2%) and bone marrow transplantation (3,2%). From all patients, 12 (19%) had CPE isolated from clinical samples. Considering the hospital length, only 12 (19%) patients had the detection after 30 days of admission. Four (6,3%) patients died, all not related to CPE infection. Conclusions: In a tertiary hospital, the vast majority of isolations occurred in intensive care units and within 30 days of admission. Many patients already came from other health facilities and had previous chronical diseases. In the few deaths that occurred, none was linked to the CPE infection.