The Blue Book on Solipsism and the uses of ‘I’: A dialectical reading

This paper argues for a dialectical reading of Wittgenstein’s grammatical reminders concerning the uses of the first person pronoun in The Blue Book. Against a widespread, ‘non-referential’ view which takes those reminders as direct attempts at blocking some substantial metaphysical results, the reading here proposed emphasizes their topic and therapeutic role as parts of an attempt to unveil the sources of some philosophical temptations, among them particularly that of solipsism, ultimately aiming to loosen its grip, as opposed to repress or sublimate it.Este artigo defende uma leitura dialética dos lembretes gramaticais de Wittgenstein acerca dos usos do pronome de primeira pessoa no Livro Azul. Contra uma visão “não-referencial” bastante comum, que trata esses lembretes como tentativas diretas de bloquear resultados metafísicos substanciais, a leitura aqui proposta enfatizará sua função terapêutica, tomando-os como partes de um processo dialético que tem por fim revelar as fontes de algumas tentações filosóficas, entre elas particularmente o solipsismo, com o intuito de enfraquecer seu fascínio, em vez de reprimi-lo ou sublimá-lo