A crise da representação política que marcou as mobilizações contestatórias na França dos anos 1960 e 1970 foi acompanhada pela invenção de modalidades de ação militante, em especial aquelas integradas à produção cultural da primeira geração de intelectuais do pós-segunda guerra. A intensificação da crise afetou decisivamente o campo institucional do marxismo, conferindo um espaço privilegiado aos dispositivos intelectuais de engajamento soixante-huitards. Este artigo apresenta os resultados da pesquisa realizada junto aos arquivos de três desses dispositivos: o Groupe d'Information sur les Prisons (GIP), o Centre d'Études, de Recherches et de Formation Institutionnelles (CERFI) e a École Freudienne de Paris (EFP). Sob o crepúsculo do Parti...