THE REVALUATION OF THE IMAGINATIVE FACULTY IN GIAMBATTISTA VICO’S NEW SCIENCE

Criado por homens de natureza poética e, portanto, obra por excelência da imaginação, o mundo civil dos primeiros tempos poderia ser conhecido, segundo Giambattista Vico, mediante a elaboração e a adoção de um aparato metodológico-científico que estabelece os princípios dos desenvolvimentos humanos. Tal aparato consistiria na própria Ciência Nova, obra viquiana que pretende conferir legitimidade ao conhecimento histórico, tão desprestigiado pela tradição cartesiana, mesmo de tempos remotos nos quais a faculdade imaginativa excedera à razão. Trata-se, então, neste artigo, de compreender o conceito de imaginação na teoria do conhecimento de Vico e as rupturas e continuidades que o filósofo estabelece com o legado cartesiano proveniente do século anterior.Created by men of a poetic nature and, therefore, a work par excellence of the imagination, the civil world of the early days could be known, according to Giambattista Vico, through the elaboration and adoption of a methodological-scientifc apparatus that establishes the principles of the human developments. Such an apparatus would consist of the New Science itself, a Viquian work that seeks to assign legitimacy to historical knowledge, discredited by the Cartesian tradition, even the knowledge coming from remote times when the imaginative faculty had exceeded reason. Hence, the attempt is, in this article, to understand the concept of imagination in Vico’s theory of knowledge and the ruptures and continuities that the philosopher establishes with theCartesian legacy from the previous century