Trends in demand for Family planning satisfied with modern methods in low- and middle-income countries

Universal access to sexual and reproductive health is addressed on The Sustainable Development Goals (SDGs) 3 and 5. Family planning provides many benefits to women, families and societies. Empowering women and enabling couples to time pregnancies, it also gave whole countries the opportunity to hit population targets and to benefit from the demographic dividend. We used data from Demographic and Health Surveys and Multiple Indicator Cluster Surveys to track progress in the demand for family planning satisfied with modern methods (mDFPS) and its inequalities between 1993 and 2016 in 69 low- and middle-income countries. Average annual change in mDFPS and in wealth-based inequalities in mDFPS were estimated among married women aged 15-49 years by country and world region. Global analyses were disaggregated by wealth quintiles, area of residence and woman’s age. Considering SDGs targets, we also predicted country’s level of mDFPS in 2030 using a linear model. Although increases on mDFPS and reduction in wealth-based inequalities were observed for most regions, progress was uneven. The faster increase was observed in Eastern & Southern Africa, which showed an average increase of 1.7 percentage points (p.p.) a year, while West & Central Africa, which still with less than 40% of coverage, had an increase of 0.8 p.p. a year in mDFPS and almost no change in inequalities. At country level, fastest progress in national coverage was observed in Rwanda (mDFPS increased by 5 p.p.) and Lesotho was the country with the fastest reduction in inequalities in mDFPS (3.4 p.p. a year). Inequalities by area of residence were also reduced, but large gaps remain. Trends for young adolescents are not accompanying the other age groups, with inequalities increasing overtime. 42 countries will not achieve universal coverage by 2030 if the current trend is not accelerated. Our results suggest that countries where policies and programs were properly designed and implemented achieved great progress overtime and efforts to increase family planning coverage and reduce inequalities must be prioritized in countries where progress is slower or inexistent.O acesso universal a saúde sexual e reprodutiva é objetivado pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) 3 e 5. O planejamento familiar proporciona inúmeros benefícios para mulheres, famílias e comunidades, empoderando mulheres e permitindo casais a determinar o número de filhos e momento oportuno de engravidar, fornece a países a oportunidade de atingir metas populacionais e de obter benefícios do dividendo demográfico. Nós utilizamos dados de inquéritos DHS (Demographic and Health Surveys) e MICS (Multiple Indicator Cluster Surveys) para monitorar a evolução na demanda por planejamento familiar satisfeita por métodos contraceptivos modernos (DPFSm) e desigualdades associadas entre 1993 e 2016 em 69 países de baixa e média renda. Mudanças anuais médias em DPFSm e em desigualdades socioeconômicas em DPFSm foram estimadas para mulheres casadas ou em união entre 15 e 49 anos para cada país e região do mundo. Análises estratificadas de acordo com quintis de riqueza, área de residência e idade da mulher foram realizadas a nível global. Considerando as metas dos ODSs, o nível esperado de cobertura em cada país em 2030 foi projetado assumindo-se um modelo linear. A maior parte das regiões apresentaram aumento na DPFSm e redução nas desigualdades, no entanto, a evolução foi bastante heterogênea. O aumento mais rápido foi observado nas regiões leste e sul da África, onde a DPFSm aumentou em média 1,7 pontos percentuais (p.p.) por ano, enquanto que, na África Ocidental e Central, onde a cobertura ainda é inferior a 40%, o aumento foi em média de 0,8 p.p. por ano e praticamente nenhuma mudança foi observada quanto a redução de desigualdades em DPFSm. O país que apresentou aumento mais rápido na DPFSm foi Ruanda (aumento anual médio de 5 p.p.) e Lesoto foi o país com mais rápida redução em desigualdades em DPFSm (em média 3.4 p.p. por ano). Desigualdades quanto à área de residência também diminuíram, mas grandes diferenças permanecem. A evolução entre adolescentes foi mais lenta do que entre os demais grupos de idade, aumentando as desigualdades ao longo do tempo. 42 países não atingirão cobertura universal de DPFSm até 2030 se a tendência atual não for acelerada. Nossos resultados indicam que países onde as políticas e programas foram propriamente delineados e implementados lograram importante progresso ao longo do tempo. Esforços para aumentar cobertura e reduzir desigualdades em DPFSm devem ser priorizados em países onde o progresso foi lento ou inexistente