Medicamentos biológicos : presente e futuro

Trabalho Final de Mestrado Integrado, Ciências Farmacêuticas, Universidade de Lisboa, Faculdade de Farmácia, 2016Os medicamentos biológicos marcaram o início de uma nova era, pela introdução de inovação a inúmeras patologias onde a seletividade, o baixo índice terapêutico e toxicidade permaneciam aquém do desejável com terapias convencionais. De facto, a possibilidade de usufruir de terapias dirigidas, abriu portas a uma nova realidade no setor oncológico e nas doenças inflamatórias. A imunoterapia, predominantemente dominada por anticorpos, implica um design racional de biofármacos. Mesmo assim alguns cromprometeram a eficácia devido às propriedades farmacocinéticas e farmacodinâmicas. Por isso, com o fracasso em circuitos imunossupressivos, como o CTLA-4 e PD-1, foram surgindo novas classes de imunidade ativa capazes de originar vacinas personalizadas in situ. Assim, se destacaram agentes como os vírus oncolíticos, conjugados de anticorpos, nanoanticorpos, terapias celulares, vacinas e imunotoxinas. Onde o sucesso pré-clínico e clínico evidenciado tem sido muito encorajador. Para obter terapêuticas eficazes deve-se realçar a necessidade de um profundo conhecimento sobre a patofisiologia e o próprio mecanismo de ação dos biofármacos. Realça-se as propriedades de exaustão associada às células-T, influência de microambientes, modulação da tolerância e, papel de células-TREG. Além disso, existe a questão da variabilidade interindividual que promove a personalização da terapêutica. Para esse fim, será determinante a obtenção de informação genética e proteica, que encerra importantes conhecimentos sobre a função do tão complexo organismo humano. Perante o número de candidatos presentes em ensaios clínicos, prevê-se que as proteínas terapêuticas que vieram para ficar, vão expandir a medicina nos próximos tempos.A new era was ushered with the introduction of more selective biologic therapies with higher therapeutic index and lower toxicity than conventional therapies. Target therapies aimed for a new reality in oncology and inflammatory disease sectors. Immunotherapy is predominantly ruled by antibodies, which implies a rational design of biologics. However, some limitations have been compromising efficacy by its pharmacokinetics and pharmacodynamics. Therefore, the failure in immunosuppressive circuits, as CTLA-4 and PD-1, brought forward new classes of active immunity capable of developing in situ personalized vaccines. Consequently, new oncolytic viruses, antibody-drug conjugates, nanobodies, cell therapies, vaccines, immunotoxins emerged. Here, the pre-clinical and clinical success has been really encouraging. In order to obtain efficient therapies a deep understanding of the pathophysiology and the mechanism of biologics must be acquired. For instance, T-cell exhaustion, microenvironment influence and function of T-REG cells. Furthermore, interindividual variability should be considered in personalized therapy. It should be determinant the description of genetic and peptidic information, which encloses important aspects of the complex human organism functioning. Considering the number of biologics participating in clinical assays, it’s predictable a future in medicine therapeutic proteins